quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reumatismo

Sob o nome de reumatismo incluímos hoje um grande número de quadros clínicos relacionados entre si, pois todos eles oferecem de maneira mais ou menos assinalada os sintomas principais do reumatismo, dores e inchaços.

O reumatismo pode apresentar-se em estado agudo ou crônico, neste último, as dores deslocam-se pelas articulações, aparecem rápidas e caprichosamente em alguns pontos isolados do organismo provocando “picadas”. Mas não são apenas as dores, mas também as tumefações, que se podem apresentar sob todas as formas e todos os graus de intensidade e persistir tenazmente ou desaparecer tão rapidamente como chegaram, para voltarem a aparecer em outro ponto. As manifestações fixam-se de preferência na musculatura, nas articulações ou nos nervos. Em poucos casos apresenta-se reumatismo no peritônio, pleura, pericárdio, conjuntiva, meninge ou até mesmo do cérebro. Conforme o tecido em se apresenta a dor assim se chama o reumatismo: muscular, articular, nervoso ou do órgão interno correspondente.

Provavelmente a gota seja uma forma especial de reumatismo. Muitas vezes o reumatismo nervoso é chamado de nevralgina. Se atacar os nervos terminais da zona dos quadris, falamos de ciática. Se as dores se produzirem nos grupos de músculos vizinhos do sacro, o mal chama-se lumbago. O reumatismo pode afetar os mais variados tecidos, constituindo, portanto, uma doença geral.

Origem e causas das afecções reumáticas

Até hoje ainda não se esclareceu cientificamente como se produz o transtorno dos órgãos centrais nervosos, conhecido como causa inicial do reumatismo em todas as suas formas. Diz o Prof. Dr. Gudzent que o reumatismo em todas as suas formas agudas e crônicas tem de ser considerado com doença alérgica, isto é, como reação de hipersensibilidade do organismo diante de qualquer substância.

O tóxico produzido pela reação orgânica de hipersensibilidade deve procurar-se na albumina e quase exclusivamente na albumina dos ovos da alimentação.

Outros investigadores demonstraram, entretanto que, além da prejudicial albumina da alimentação, atuam como toxinas os produtos protéicos de exceção das bactérias e de outros organismos vivos, podendo ser origem de mudanças e alterações funcionais no sistema nervoso central, pelo que se deve insistir na destruição dos germes infecciosos de todo e qualquer tipo. Os focos sépticos têm de ser procurados nos dentes, amídalas, ouvidos, seios nasais, apêndice, intestino, vesícula, ovários e na próstata. Por isso, uma infecção tuberculosa sofrida na meninice ou na juventude e depois curada também pode dar ocasião a uma mudança no sistema nervoso central e, portanto, á formação ulterior de reumatismo. As primeiras conseqüências das alterações no sistema de regulação central são perturbações na irrigação sanguínea, em órgãos e tecidos. Se esta anormalidade na irrigação tem lugar num músculo, tudo se produz, por exemplo, nos músculos cardíacos, produz-se então o estado de reumatismo cardíaco com todas as suas conseqüências para os vasos e a circulação.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Oleaginosas do bem



Fontes de selênio, vitaminas, ômega 3 e fibras, nozes, castanhas, avelãs e amêndoas fazem muito bem, mas devem ser consumidas com moderação.

A alimentação é muito importante para a manutenção da saúde e, para isso, ela precisa ser variada e saudável. Entre os alimentos que não devem faltar no carrinho do supermercado estão as frutas oleaginosas (nozes, castanha-do-brasil - também conhecida como castanha-do-pará -, castanha de caju, avelã, amêndoa, macadâmia), fontes de selênio, potássio, vitamina, ômega 3, ácido fólico e fibras.

A nutricionista Maria Eduarda Guaraná de Barros Ourivio* lembra que, no passado, elas eram consideradas vilãs da dieta por seu alto teor de gordura. "Hoje, sabemos que estas gorduras ativam o metabolismo", diz ela.

Os benefícios não param por aí. Estudos recentes demonstram que a ingestão moderada de gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas provenientes das oleaginosas pode levar à diminuição do mau colesterol, conhecido como LDL, aumentar o HDL (o bom colesterol), promovendo efeito protetor ao coração. "E mais: a introdução das oleaginosas no dia-a-dia pode estar relacionada à prevenção do diabetes tipo 2".

Mas atenção! É preciso consumir com moderação, por isso três unidades por dia são suficientes. Um exemplo de porção razoável são duas castanhas de caju, uma castanha-do-brasil e uma noz, sempre lembrando que a quantidade pode variar de acordo com a idade, sexo, peso e necessidades da pessoa (procure um nutricionista para obter informações precisas e adequadas a você).

Para escolher as frutas oleaginosas, é importante levar em consideração o gosto e as características de cada uma. De todas, as nozes são as mais ricas em vitamina E, nutriente com ação antioxidante, que protege contra os males do coração e é fundamental para a formação de glóbulos vermelhos e do tecido muscular. Elas são ainda fontes de potássio, vitaminas C e do complexo B. Cada 100g contém 651,0 kcal.

As castanhas, principalmente a castanha-do-brasil, destacam-se por seu alto valor calórico (656 kcal a cada 100g) e por serem fontes de ômega 3, ácido fólico e selênio, antioxidante essencial para o funcionamento do cérebro. "Seu consumo contínuo pode ajudar a prevenir distúrbios cardiovasculares", afirma a nutricionista.

Avelãs e amêndoas apresentam praticamente o mesmo valor calórico (589 kcal a cada 100g) e são grandes fornecedoras de vitamina E. Para se ter uma idéia, meia-xícara de amêndoas (60g) fornece mais que o dobro das necessidades diárias de vitamina E, além de ter potássio e ácido fólico. As avelãs também contêm cálcio.

A macadâmia destaca-se como a mais calórica das oleaginosas, contabilizando mais de 1000 kcal por xícara (120g), mas tem quantidade significativa de fibras e vitaminas B1 e E.

Quem não é muito fã das frutinhas superpoderosas pode acrescentá-las na vitamina do café da manhã, no arroz do almoço ou na salada do jantar. Basta usar a criatividade para garantir ao organismo boas doses de vitaminas e minerais antioxidantes. O que não pode é deixá-las de fora do cardápio diário, que deve ser sempre variado e saudável.





segunda-feira, 12 de julho de 2010

Remédio para Afta

As aftas, também conhecidas como estomatite aftosa é uma ferida na mucosa bucal que pode gerar muito desconforto. Interessante notar que, ao contrário do que é amplamente difundido, as aftas têm origens incertas. As causas prováveis são stress e alguns traumas.

Eucalipto

Eucalipto

Você vai precisar de:

  • 20 gramas de folhas de Eucalipto
  • 1 litro de água

Modo de Preparo:

Ferva as folhas de Eucalipto na água por dois minutos. Aguarde até que o chá chegue à temperatura ambiente e filtre-o.

Posologia

Basta bochechar com o líquido para aliviar a dor.

Chá para diabetes

Muito se falou da utilização do caju para auxiliar no tratamento da diabetes. Embora o próprio consumo da fruta possa gerar benefícios, deixaremos aqui um chá a partir da casca do cajueiro.

Cajueiro

Cajueiro

Você vai precisar de:

  • Uma colher de chá do pó da casca do caule do cajueiro (caju vermelho),
  • Uma xícara de água

Modo de Preparo:

Ferva a água e acrescente o pó da casca do cajueiro. Desligue o fogo em seguida e aguarde até que esfrie. Após isso, passe o chá em uma peneira.

Posologia

Beba uma xícara do chá duas vezes ao dia.

Propriedades da Sucupira

Sucupira é o nome popular dado a várias espécies de árvores brasileiras sendo a mais comum a Pterodon emarginatus que ocorre no cerrado e sua transição para a floresta semidecídua da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.É uma árvore de porte médio, de 8 a 16 metros, de copa piramidal rala. O tronco tem casca lisa branco-amarelada. As raízes formam às vezes expansões de reserva, as batatas-de-sucupira.

Propriedades:

  • É adstringente,
    • antidiabética,
    • depurativa,
    • tônico,
  • Indicada para casos de ácido úrico,
    • amidalite,
  • Cura artrite,
    • reumatismo
    • bico de papagaio,
    • problemas ósseos

A Sucupira é boa contra o câncer


Pesquisadores da Unicamp identificam substância na semente da sucupira capaz de inibir o crescimento de células cancerígenas.















Agência FAPESP – Pesquisadores do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificaram uma substância na planta popularmente conhecida como sucupira (Pterodon pubescens Benth) capaz de inibir o crescimento de células de câncer de próstata em estudos in vitro.

Os testes in vivo do trabalho, coordenado pela pesquisadora Mary Ann Foglio, do programa de pós-graduação do Departamento de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da Faculdade de Odontologia, terão início em fevereiro de 2009 visando ao estudo do comportamento dos compostos isolados em modelos experimentais utilizando o combate às células cancerígenas em camundongos.

“Outras substâncias com estruturas análogas estudadas também mostraram efeito semelhante, mas uma em especial apresentou maior potência, com seletividade para a linhagem de tumores de próstata”, disse Mary Ann à Agência FAPESP.

Segundo ela, o nome da molécula de interesse, extraída do óleo da semente de sucupira, é 6alfa-acetóxi-7beta-hidroxi-vouacapano. A sucupira é uma planta do Cerrado tradicionalmente conhecida pelos seus efeitos antiinflamatórios e de combate à dor.

Os pesquisadores da Unicamp se basearam em dados de literatura que relacionam a atividade antiinflamatória com o controle do crescimento de alguns tipos de tumores. Além disso, dois estudos de mestrado realizados no CPQBA já haviam comprovado efeitos antiinflamatórios e analgésicos dos extratos da sucupira.

Outros trabalhos na literatura já demonstram, explica Mary Ann, a relação entre atividade antiinflamatória e o controle de alguns tipos de tumor, especialmente do sistema digestivo.

“Por isso isolamos e monitoramos as substâncias do óleo da semente da planta em modelos in vitro para, em um primeiro momento, preservar os animais e comprovar a associação entre a atividade antiinflamatória e anticancerígena”, conta.

Por ser composto de muitas substâncias, o óleo da semente foi fracionado com a utilização de métodos cromatográficos. Este processo identificou cerca de 30 substâncias de interesse. Dessas, sete foram isoladas e realizadas modificações em suas estruturas químicas para comparação de suas ações farmacológicas e toxicológicas.

Por apresentar uma grande quantidade de substâncias, o óleo da semente foi separado, utilizando métodos cromatográficos, em diferentes frações para se chegar a um grupo com cerca de 30 substâncias de interesse. Dessas, sete foram isoladas e realizadas modificações em suas estruturas químicas para efeito de comparação de suas atividades e toxicidades.

Entre as moléculas identificadas nessas substâncias bioativas, os pesquisadores encontraram a 6alfa-acetóxi-7beta-hidroxi-vouacapano que, segundo Mary Ann, ainda não havia sido descrita na literatura.

“Na próxima etapa do estudo iremos implantar as linhagens de câncer de próstata nos animais e tratá-los com essa substância inédita. Já demos início também a estudos de microencapsulação da molécula para ver a possibilidade de aumentarmos seu tempo de vida útil a fim de administrarmos doses menores da substância”, aponta.

Um artigo com os achados do estudo foi escrito e submetido ao Journal of the Brazilian Chemical Society, publicação da Sociedade Brasileira de Química. “O trabalho já foi aceito e deve ser publicado no início de 2009″, afirma Mary Ann.

O estudo contou com a participação do docente João Ernesto de Carvalho, também do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp, além de outros alunos de mestrado e doutorado na entidade.

O projeto de pesquisa, intitulado Avaliação farmacológica de frações e princípios ativos obtidos de Pterodon pubescens, cujo objetivo é identificar compostos de plantas com potencial medicamentoso, contou ainda com apoio da FAPESP por meio de um Auxílio a Pesquisa.